vinte e três, ou menos, ou mais
as alimento, me alimentam, em
vida, encanto, cor, plurais
por um momento vejo tão belo
matiz, fugaz
pois logo muda, acrescem sons,
prazer, verniz, bem mais
furtam-me a dor
suas presenças nutrem minha
vida, cais, calor
refazem, criam, quase até
saciam, mais sabor
unem, combinam, crescem dentro
em mim, em paz, amor
luz, alegria
a cada uma que se junta, agrega,
reconstrói, amplia
com elas crio, reinvento,
cresço, brinco, em sinergia
mostram-se em coro, uma só voz, delas
e minha, especial magia
nelas habito
exteriorizo, redescubro o que
sou, exponho, vibro, grito
traduzo, pinto, canto,
interpreto, vivo, ressuscito
tornam-me novo, aliviado,
realizado, pleno, infinito
4 comentários:
Linda poesia e seus texto. Parabéns.
Que lindo! Você quase fez um Soneto, duas quadras e dois tercetos!
Fiquei encantada com a sua libertação dos vícios de linguagem coloquial.
Seu poema está muito bem construído com palavras mágicas e foneticamente similares, deixando uma música nos nossos lábios ao lê-las.
Uma música que, dos lábios soam na nossa alma intrigada com o segredo a ser desvendado em, quem sabe, outras releituras ou outros poemas?!
Maria Lucia.
Linda poesia, mas realmente minha mente limitada não me permitiu entender o porquê do 23. Mesmo assim gostei muito da poesia, eu li e me pareceu uma canção... muito gostosa de ler!
Dileto Waldir:
Desculpe-me pela demora da postagem. Acontece que o meu tempo disponível está cada vez menor - sem contar com alguns problemas de saúde (mas tudo sobre controle... Espero). Agora, tive oportunidade de degustar teus textos com calma. Poderia até ter escolhido o texto dos Beatles para postar, pois sou ainda da época que o John não tinha encontrado a Japa terrível - mas preferi postar neste texto por ter estilo semelhante aos meus. Congratulações. Abraços e: "ESTEJA E SEJA E FIQUE FELIZ!"
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