sábado, 26 de setembro de 2015

Ao poeta


Foto: Waldir C. Marinho

há muito que não te via
saudoso do caro irmão
mas nem bem amanhecia 
alcançou meu coração

reencontro repentino
as notas, letras, o nó 
voltou-me ao peito o menino
a lágrima alçou o pó

desde moço que aprendi
com meu pai gostar-te assim
só que nunca percebi
que tanto gostas de mim

ah poeta que alegria
receber de ti tal flor
perfumar-me na poesia
com que me doas amor



P.s. Poeta, há tanto que te conheço, apresentado por meu pai quando criança. Já muito te ouvi, e achava que não mais me surpreenderia com algum presente teu, enganei-me. Ao pegar emprestado o carro de meu pai, cedo pela manhã, deparei-me num CD com uma de suas ternuras, inédita pra mim. Emocionei-me uma vez mais, e me veio em retorno esta poesia, um singelo agradecimento, que dedico a ti.