domingo, 4 de fevereiro de 2018

Cilada

Foto: Waldir C. Marinho
Um mês se passou e quando me dei conta nada publiquei no blog. Não que isso tenha tanta relevância pelo tempo decorrido, afinal já fiquei em outras ocasiões sem postar por bem mais tempo, mas é que nesta situação de agora eu já estava com um texto pronto, escrito há um tempão, e simplesmente deixei passar. Mas ok, publicarei mês que vem.
O motivo deste "deixar passar" é que eu quero aqui enfatizar.
Uma absurda instabilidade interna, desequilíbrio, até espiritual talvez, um mal estar impossibilitando tranquilidade até para tomar um café em paz mesmo nos finais de semana. Quadro motivado por um dia a dia profissional conturbado. Noutro dia comentei com um amigo, brincando - Se eu infartar um dia destes já sabes o motivo. Brincadeiras à parte...
Alguém merece isso? Eis a reflexão. Porque chegamos a este estado de coisas? Sei que não é exclusividade minha.
Cobranças, ok. Metas, correto. Prazos todos temos. Mas ter que lidar com desrespeito, dissimulação, ironia, sarcasmo, desonestidade? Valores tortos presentes em muitas empresas motivados sei lá porque. Pessoas que atropelam outras sem medir o dano. 
Onde a camaradagem, a solidariedade? 
Cadê a compreensão, a amizade? 
Por onde estará o espírito de equipe na busca conjunta de objetivos comuns?
Ah, por favor. O ser humano precisa sair desta cilada. Desta busca perene pelo "bem estar" próprio em detrimento do outro. Sei que acaba sendo algo motivado por este dia a dia competitivo, o ambiente corporativo insano, desemprego desenfreado, falta de perspectiva, falta de dinheiro, contas que vencem. 
Rolo compressor. Trator passando por cima de todos.
Sei não, precisamos de um basta. 
Estamos enlouquecendo.