domingo, 24 de dezembro de 2017

Hoje

Foto: Waldir C. Marinho
hoje acordei leve
e vi o mundo 
em comunhão com meu vibrar
o ar mais puro
os passos mais firmes
o peito sereno
os fatos com mais significados
até as sombras me pareceram belas
as pessoas mais queridas
mais amor
hoje sorri para a vida
e ela me retribuiu 
com mil afagos
bençãos recebi
tantas cores percebi
sabores, perfumes, saudades 
hoje consegui ver as árvores
e ouvir os passarinhos
pude sentir o sol nascente
olhar adiante
e contemplar o horizonte 
iluminado e feliz




segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Ah, Deus meu

Foto: Waldir C. Marinho

Ah, Deus meu, Deus meu. Desculpe-me. Pelo que nem sei. Só sei que se senti esta necessidade. De diálogo, de proximidade. As lágrimas que quase rolam assim o comprovam. Onde estás bem sei. Em tudo, em todos. Onde estou eis a questão. Complexo, viver. Não posso assim me sentir, não há vazio, há amor. Ah como há. Não me sinto vão. Não me sinto à deriva. Tenho que me lembrar sempre disso e esta conversa me ajuda. Sei que aí estás e que sua condução é eterna. Quero descansar em ti, assim como dizem muitos irmãos. Descansar em ti. Sabes o que fazes comigo. Sei de minhas responsabilidades, sabes bem. Mas por vezes, por vezes, é bom descansar um pouco. Permita-me, só um pouquinho. Conduza-me. Te amo. Amém.



domingo, 15 de outubro de 2017

Amado irmão

Foto: Waldir C. Marinho

Anjo querido que me guia
Vem em minha companhia
Na medida do meu merecer
Preciso muito de você

Tanto erro, caro amigo
Ainda assim insistes comigo
Na luta intensa de todo dia
Construindo a futura alegria

Quero um dia te abraçar
Com lágrimas no olhar
Frente a frente amado irmão
Trazer-te ao meu coração 





segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Um passo pra trás


Foto: Waldir C. Marinho
Nem sei porque estou tão incomodado se estou sentado, desta vez consegui. Não encontro posição para apoiar a cabeça, queria tirar um cochilo. Dormi tão pouco nesta madruga. Muita gente de pé, o maior aperto. Um garoto com fones cantarola desafinado, me incomoda. Mas coitado, só com música mesmo pra ir levando. Duas adolescentes trocam palavras, reclamam dos seus trabalhos. Com esta crise, gente, melhor reclamar não. Está todo mundo sendo dispensado, ontem lá na firma foram mais dois. E quem continua, se entreolhando, calado. Se bem que falaram que tudo ia ficar bom, certo? E no Jornal Nacional os números da economia estavam melhores. Foi o que disseram. "Um passo pra trás por favor", diz o condutor. Rá, até parece. Cochichos, bufadas, reclamações. Um cabra enorme lá no meio empaca pior que jumento e não dá nem meio passo. Fica represando o pessoal apertado entre ele e a catraca. Ninguém tem coragem de falar com o cara, que continua parado. Talvez seja a forma dele de reagir ao sistema. Talvez esteja desempregado. Ou o seu patrão o oprima, normal. Ou quem sabe aquele tal presidente esteja mexendo nos seus direitos trabalhistas, consolidados há séculos, vai saber. Cada qual com seus problemas. E aí o cara responde assim à vida, não quer dar o passo pra trás. A maioria, mesmo incomodada, acaba cedendo. Mas tem gente que é igual a este cara, resiste. Ao menos tenta. Afinal quem gosta de dar passos pra trás, né? Se bem que às vezes é inevitável. E assim vamos seguindo no buzão superlotado. É nóis.




sábado, 5 de agosto de 2017

Obrigado

Foto: Waldir C. Marinho

obrigado
por me encontrar
por se arriscar
por abrir mão de si
por apostar tão alto
e se aproximar de mim
lá onde eu estava
um tanto disperso 
no meu canto

obrigado
por ser assim tão linda
entregue
próxima
amorosa
calorosa
conectada
ligada em mim

obrigado
por estar junto
pela companhia
pela alegria
pelo futuro à frente
pelo nosso amor
pelo nosso filhinho
lindo
pelos corações
em uníssono

obrigado
por me fazer perceber
querido
amado
desejado

obrigado
por me fazer sentir
um homem
com H mais que maiúsculo
em caixa alta
altíssima

obrigado
por me mostrar capaz de um monte de coisa que não fazia idéia
por fazer minha auto estima ir lá em cima
por me amar assim desta maneira
meio louca
impensada
intensa
sem medir consequências

obrigado 
por abrir-me sua casa
sua família
seu coração

escrevo em lágrimas

te amo



quinta-feira, 6 de julho de 2017

Tia linda 2


Foto: Waldir C. Marinho
Oi tia linda.

Há um tempão não os falamos. Como está você tia? Muito melhor agora, tenho certeza disso. O tempo vai realmente resolvendo as coisas, não é mesmo?

Sabe, tia, eu estou gostando demais de escrever. Que eu gosto disso você até já sabia, mas era uma coisa ainda insipiente, agora acredito que estou amadurecendo nos meus escritos. Faço nas horas vagas, ou em viagens longas, ou quando estou esperando no aeroporto. Lembra que você me incentivou muito a escrever? Eu até já havia escrito algumas coisas naquela época, mas é que agora a coisa tomou maior volume, e aqui no blog muita gente lê o que eu escrevo, algumas pessoas gostam e até comentam a respeito. É muito bom compartilhar minha forma de ver a vida, ser lido é uma sensação indescritível. Cheguei até a participar de alguns livros, em antologias, livros amadores e tal, independentes, nada demais, mas sei que você se sentiria orgulhosa disso. Bem, sentiria não, sente, não é?

Tia, o primo, ele fez uma tatuagem enorme no braço. Tenho certeza que você brigaria com ele, mas é que a tatuagem que ele fez... é o seu nome. Pois é, tia, ele tatuou seu nome no braço em letras enormes, e embaixo do seu nome ele colocou a frase: "Sempre comigo", em espanhol, algo assim. Ele te ama demais, tia, demais. Não é para você ficar triste, mas eu queria te pedir, se puder, fique por perto dele. Ele precisa de ajuda, eu acho, ele é um menino muito bom, tem um coração enorme. Se você ficar por perto ele vai ficar muito melhor. Ah, bem, acho que você já está por perto, certo tia?

Bem, ontem no trânsito, tenho que te contar algo que me ocorreu, me pareceu que você estava próxima de mim. Pareceu-me que você se aproximou de alguma forma. Aliás eu resolvi te escrever hoje por conta dessa sensação que me aconteceu ontem. Eu estava no carro, voltando para casa, de repente eu comecei a pensar em você de uma forma muito intensa. Assim, do nada, você me visitou o íntimo. Eu fiquei emocionado. E esta emoção, tia, foi uma sensação boa. Tinha uma certa tristeza sim, aliás acho que era mais saudade, mas também eu senti uma sensação de felicidade um tanto difícil de descrever. O que eu senti mesmo tia, deixa eu tentar explicar, foi que alguma coisa muito boa tinha acontecido com você naquele exato instante. E agora mesmo, escrevendo, me emociono só de lembrar da sensação que eu tive. Eu tive certeza, tia, ontem, que alguma coisa muito boa te aconteceu. Eu senti você feliz, tia. Que bom, tia, que bom sentir isso, e saber que você está bem, que benção ter esta certeza de que coisas muito boas estão te acontecendo.

Rezo por você todos os dias, tia, todos os dias, peço a Jesus que te ampare, que te ajude a vencer quaisquer dificuldades que esteja enfrentando, que te garanta o bem.

Um grande beijo tia. Até a próxima.

Feliz aniversário!




P.S. Escrevi este texto há anos atrás, somente agora decidi publicar, sem quaisquer atualizações. Reflete portanto fatos e sensações e sentimentos da ocasião em que foi escrito. O título do texto se dá pela existência de um outro, cujo link segue adiante. http://waldirmarinho.blogspot.com.br/2011/07/oi-tia-linda.html




segunda-feira, 5 de junho de 2017

Para tudo!


Foto: Waldir C. Marinho
Vi o senhor caído na calçada, na hora do almoço, em frente ao banco ao qual me dirigia, em plena Av. Paulista.
Tive o ímpeto de largar tudo e ajudar.
Chega! 
Chega de omissão, de hipocrisia, chega!
Para tudo! 
Para tudo e ajuda! 
Agora é a hora!
Dizia estas palavras pra mim mesmo. Largar tudo, focar em ajudar o senhor que estava ali, jogado no chão. Este seria o gesto humano a fazer, eu não poderia mais ignorar aquele tipo de situação. Foi como se eu tivesse chegado a um momento de importante decisão em minha vida. Para tudo, ajuda este senhor, deixa o banco pra lá, deixa os afazeres pra lá, permanecia aquela voz interna a me interpelar, tentando me tirar da inação.
Estava indo ao banco pagar uma conta, uma conta que me garantiria alguma satisfação material qualquer, algum conforto qualquer, algo que perdeu totalmente a relevância diante daquele senhor caído na calçada, enquanto os transeuntes passavam indiferentes ao ponto de quase pisá-lo.
Fiquei na porta do banco por instantes em meio a estas reflexões.
De repente percebi que estava incomodando as pessoas que entravam e saíam, e aí despertei um pouco daquele transe louco. Entrei no banco para deixar de atrapalhar as pessoas, ao menos foi esta a covarde é frágil muleta moral que usei para sair daquela situação.
Ainda assim, lá de dentro, fiquei observando o senhor através da parede de vidro que separava o interior do banco da rua.
Naquele instante minha vontade de ajudar já não era tão firme.
Fiquei ali olhando o senhor, com compaixão, sim, mas com meu egoísmo paralisante.
O momento passou.
Fui pagar minha conta.
Saí do banco sem olhar para trás.
Lá ficou o senhor, caído.
E eu segui adiante.
Derrotado.




sábado, 13 de maio de 2017

O Brasil é negro



53,6% da população brasileira é negra. Esta informação está disponível em diferentes fontes na internet, indicada como uma estatística oficial, publicada em 2014 pelo IBGE*.

Sendo a maioria da população brasileira composta por pessoas negras, eu me pergunto, onde estão todos estes nossos irmãos negros? Certamente não estão no condomínio onde moro, pois lá não há uma só família negra, ao menos ainda não vi, e já estou residindo neste local há dois anos. E no condomínio em que eu morava anteriormente, onde residi por mais de 5 anos, somente havia uma família negra. Apenas uma. Da mesma forma quase não encontrei nossos irmãos negros nas escolas em que estudei. Minhas ternas lembranças do ensino primário me trazem apenas um menino negro, lembro até seu nome. No ginasial, no segundo grau, no ensino superior, quantos irmãos negros terei encontrado? Sem medo de errar, em cada classe que estudei eles não chegavam a 5%, e esta estimativa é até generosa. E nas empresas em que trabalhei? Não, lá também eles não estavam, não em maioria, não chegavam a 10% dos funcionários. Nos locais que frequentei, cinemas, parques, shoppings, quaisquer outros lugares, será que em algum lugar em que estive alguma vez o percentual de pessoas negras em meu entorno esteve próximo da estatística oficial? Não creio. Agora mesmo, olhando à minha volta, estou em uma padaria tomando meu café matinal, na região da Consolação, próximo à Av. Paulista, em São Paulo Capital. Vejo cerca de 30 clientes. Não há uma só pessoa negra.

Porque será isso?
Onde estão nossos irmãos negros? 
Onde estarão estes mais de 50% de negros que compõem a população brasileira?
Estarei eu frequentando os lugares errados? 
A triste explicação para isto estará no fato de que nossos irmãos negros permanecem segregados até hoje, senão nas senzalas, mas nos guetos de maior pobreza, nas periferias do nosso país?

Brasil, 53,6% negro, um país extremamente racista. Esta não é uma conjectura, é uma afirmação.  Baseada em minha vivência, sim, mas me arrisco a estendê-la a todas as vivências e a todo o pais. Perguntaram-me um dia desses se sou a favor das cotas raciais. Diante deste quadro, como alguém poderia ser contra? No entanto tais iniciativas me parecem tentativas frágeis na busca de uma difícil solução imediata. Sim, pois, o que precisa mudar é o ser humano. Nem me atrevo a tentar apontar caminhos.

Ah, agora percebi, aqui na padaria onde estou, vejo uma pessoa negra. Uma só. Acabou de passar por mim apressada. Uma jovem senhora, vestindo uniforme, com um avental, servindo café aos clientes. Pois é.

Que Deus a abençoe.

Sinto muita, muita vergonha.





*Não encontrei uma fonte direta do IBGE que confirme este número, embora variados sites apontem este dado. Segue link com esta informação publicada em um site confiável.
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/12/04/negros-representam-54-da-populacao-do-pais-mas-sao-so-17-dos-mais-ricos.htm


quarta-feira, 5 de abril de 2017

Pinguinho

Foto: Adriana Marinho
então em nós nasceu o amor
com as bênçãos de nosso Senhor
nos refazendo em esperança
milagre em tez de criança

lindo, é pura alegria
terna beleza, que energia!
um renascer em nossas vidas
singela estrada florida

vai e vem, pra lá e pra cá
explora, testa, toca, sem parar
inocência, pureza, fantasia
o que quer é viver, noite e dia

notas de tão linda canção
novo bater no coração
sempre feliz e sorridente
nosso pinguinho de gente



terça-feira, 21 de março de 2017

Que livro será este?


Foto: Waldir C. Marinho
Hoje meu dia foi especialmente povoado por meus companheiros de... se assim posso dizer... mesma ideologia. 
Logo que entrei no metrô encontrei um senhor à minha frente, compenetrado, lendo seu livro.
Em meu trajeto ao trabalho é comum ver pessoas aproveitando o tempo em que utilizam a condução desse jeito, desfrutando de literatura. 
Percorri o vagão com os olhos, vi outras pessoas lendo, uma, duas, três... ah, nossa, sete! 
Sete pessoas com seus livros em mãos em um mesmo vagão!
Um recorde!
Eu os entendo, perfeitamente.
Quis tirar o meu livro da pasta e ser o oitavo naquele vagão, mas não foi possível pela posição em que eu estava, de pé e com as mãos ocupadas.
Poxa.
Só fiquei ali, observando-os.
Invejando-os, rs.
Após sair do trem, quando iniciei a subida pela longa escada rolante, notei alguém lendo logo à minha frente.
Dei aquela olhadinha tímida tentando ver a capa.
Que livro será este? 
Eu sou assim, não consigo ver alguém lendo sem ficar louco de curiosidade em saber qual é o livro. 
Tentei mais uma vez ver o título, já no finzinho da subida. 
Não consegui.
Ao sair da estação passou à minha frente uma adolescente caminhando enquanto lia. 
Uau, isso é que é gostar de ler!
Será que eu já fiz isso algum dia? 
Ah, sim, já fiz, reconheci encabulado.
Acho até que fiquei corado.
Cheguei à padaria ao lado do escritório, sentei, pedi meu café.
Ah, agora chegou minha vez!
Tinha apenas uns dez minutos, dez maravilhosos minutos.
Tirei meu livro da pasta.
Antes de começar, porém, vi que uma senhora estava sentada na mesa ao lado, lendo.
Mas ora veja, tantos de nós ainda no início da manhã?
Creio que nunca havia visto tantas pessoas com livros em mãos num mesmo dia.
Não é lindo isso?
Um dia bem prolífico, intelectualmente prolífico.
Novamente tentei mas não consegui ver o título do livro.
Pensei até em perguntar à senhora, mas decidi não interrompê-la.
Até porque nós preferimos não ser interrompidos.
Deixei ela lá com seu livro, e eu cá com o meu.
A sociedade costuma valorizar mais as pessoas que falam, que gostam de se expressar verbalmente, que tagarelam sem parar.
Mas nós somos diferentes, somos assim, calados.
Que bom.
Ah, leitores, esses companheiros silenciosos!
Abri meu livro.
Respirei fundo.
Viajei.



sábado, 4 de fevereiro de 2017

Maravilhas


Foto: Waldir C. Marinho

Morro do Corcovado, lindo, encimado pela famosa estátua do Cristo Redentor, eleito como uma das maravilhas do mundo moderno, símbolo da Cidade Maravilhosa. 
O que talvez nem todos saibam é que nas encostas de tão conhecido morro há miséria, favelas, guetos, crime. A tal ponto de o visitante ter que tomar cuidado para chegar lá em cima, os desavisados podem errar o caminho e passar por problemas.

MASP, Museu de Arte de São Paulo, maravilha arquitetônica, abrigo de importantes obras de artistas mundiais, símbolo da maior cidade da América Latina, uma das maiores cidades do mundo.
O que talvez nem todos saibam é que no vão do famoso museu há moradores de rua que passam a noite e amanhecem por ali todos os dias. Enquanto isto, bem ao lado, os dignos trabalhadores da cidade circulam pela Av. Paulista, com seus ternos, computadores, celulares, com seu egoísmo. Eu sou um destes.

Pois é, nem tudo aparece no cartão postal.

Diz-se por aí que nunca houve tamanha evolução na humanidade como nas últimas décadas, tecnologia, internet, etc.
Evoluímos? 
Progredimos muito?
Até que ponto prosseguirá nossa cegueira e nossa hipocrisia?

Progresso, que não é para todos, não merece este nome.
A humanidade ainda está nos primeiros passos.
Há ainda muito o que evoluir.
No amor.



sábado, 21 de janeiro de 2017

Partes de mim


Foto: Waldir C. Marinho

Dia destes um amigo, ao ler um recente texto de meu blog, enviou-me mensagem dizendo que aquele não se assemelhava muito ao meu estilo. Ele construiu aquela percepção certamente pelo tom agressivo e palavras rudes daquele meu texto em particular. Eu respondi que se ele fizesse uma pesquisa maior no blog talvez encontrasse outros textos como aquele. Pois é.

Textos, assim creio, são em geral autobiográficos, gritos dos autores buscando compreensão, companhia, ser ouvidos. E nesta linha de pensar, tendo o que aqui escrevo como partes de mim, nem sempre o que se lê é o mais positivo, falho que sou, e aí já vai um pedido de desculpas a todos.

Ah, falho que sou, falho que sou. Escrevo e as lágrimas se aproximam. Teria que estender as desculpas não apenas aos raros leitores, mas também à minha família, a amigos, a Deus. A mim mesmo. Mais um ano começou, gostaria de, nestes meus quase 47 anos de idade, ter feito mais. Ter construído mais. Ter aqui todos comigo, todos, ter uma reunião de todas as pessoas que amo em minha volta. Partes de mim. Não consigo, e me despedaço.

Há muito tempo que não chorava escrevendo. Acho que esse texto é uma oração. Pedindo, ao Pai, ajuda. Pedindo perdão.