Batata doce na brasa.
Penetrou-me as narinas, e a alma.
Caminhava rumo ao metrô, esquina da Paulista com a Pamplona, quando fui atingido.
Imediatamente os olhos marejados, o íntimo alcançado, o peito opresso.
Procuro no entorno, surpreso, um tanto atônito.
Em meio ao barulho, movimento, pessoas, volto à infância.
Deus tentando o resgate deste louco aqui, endurecido pelo dia a dia, pelo egoísmo, pelas distâncias, pelas rupturas, pela falta de amor.
Por tantas outras coisas, provocadas, permitidas, por mim mesmo.
Os carros passam.
Os olhos ardem.
Lágrimas.
Talvez tenha sido a fumaça.
Sim, da fogueira.
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